sábado, 10 de abril de 2010

W.A.S.P. e Epica

Kevin sabia quais eram os hotéis, mas preferimos tentar algo diferente: esperar as bandas no aeroporto. Eu já havia pensado nessa possibilidade no ano anterior, quando o Stratovarius tocou no Rio de Janeiro em um dia e em São Paulo no outro. Pareceu lógico esperar pela banda em Congonhas, mas como eu e Natália acordamos tarde, não tivemos a oportunidade de tentar.

Naquele dia, mais uma vez minha casa estava com hóspedes. Alessandra e Lenice vieram de Manaus para assistir o Epica. Eu as convidei para me acompanhar ao aeroporto, mas preferiram continuar dormindo. Quando cheguei, havia uma galera por lá, incluindo Carlos e Kevin.

Eu estava com uma camiseta do W.A.S.P., e a primeira banda a desembarcar foi o Epica. Era a primeira vez que vi Simone Simons frente a frente, ela é muito mais bonita pessoalmente. Nessa época, eu ainda tinha o péssimo costume de abraçar os artistas no momento da foto. Eu a abracei, e ela não se importou. Em corres posteriores do Epica, Simone ficou conhecida por evitar o excesso de proximidade com os fãs, muitas vezes repetindo a já clássica frase "don't touch my hair" (não toque no meu cabelo). Observe que, na foto, meus dedos estavam um pouco entrelaçados no cabelo dela. Totalmente sem querer, mas estavam.

Após tirar foto com a Simone e Yves Huts dentro do saguão, abordei Mark Jansen já do lado de fora, que perguntou se esperávamos o Epica ou o W.A.S.P. Ao menos no meu caso, a resposta correta foi “as duas bandas”. Eu iria ao show de ambas, inclusive. Como era fã há pouco tempo e ainda não conhecia bem a formação, demorei para reconhecer e não consegui fotos com Coen Janssen e Isaac Delahaye. Quando retornei para casa com as fotos, minhas hóspedes dorminhocas arrependeram-se de não me acompanhar.

Simone Simons no auge de seus 25 anos
Yves Huts já saiu da sala de desembarque com o cigarro na mão. Observe que eu estava segurando um álbum do W.A.S.P.
Ariën van Weesenbeek, baterista do Epica
Todos no Epica são legais, mas Mark Jansen é absurdamente legal, sempre!

Quanto ao W.A.S.P., a banda demorou mais algumas horas para desembarcar. Não pude esperar, pois havia combinado algumas coisas com minhas hóspedes. Kevin me disse, entretanto, que todos os músicos foram chatos e não quiseram interação com os fãs que os aguardavam.

O show do W.A.S.P. estava marcado para as 18:00 hs no Santana Hall e o do Epica seria as 22:00 hs no Via Funchal. Acreditando que seria possível assistir aos dois, comprei os ingressos, mas assisti somente o do Epica pois, até às 20:00 hs, o show do W.A.S.P. nem ao menos havia começado, devido a um ataque de estrelismo do Blackie Lawless, que só apareceu para tocar após esse horário. Sei disso porque Kevin descobriu que, no estacionamento ao lado do local, havia uma passagem para os camarins da casa de shows. Então, como era por ali que a banda entraria, era ali que ficaríamos. Mais uma vez, ele não atendeu ninguém.

Um dos rockstars mais insuportáveis, Blackie Lawless não quis nem saber de papo e entrou sem atender ninguém

Desisti de assistir o W.A.S.P., encontrei uma amiga e fomos ao Via Funchal, onde assistimos a um show memorável. Após, fomos ao Hilton, onde a banda estava hospedada, mas parece que todos que estavam no show tiveram a mesma ideia, pois estava lotado de fãs em frente ao hotel. É claro que, desse modo, a banda entrou por alguma entrada alternativa e não atendeu ninguém, totalmente compreensível.

No dia seguinte, bem cedo, voltei ao Hilton com minhas hóspedes preguiçosas para tentar as fotos que faltaram com o Epica. Elas levaram suas câmeras e tiravam foto de tudo e todos. Antes que fossem embora de minha casa, copiei seus cartões de memória. Abaixo algumas das imagens que elas conseguiram:

Yves bebendo e fumando logo cedo. Pode acreditar, isso era 07:00 hs da manhã 
Coen e Simone saindo do hotel
Simone toda feliz ao ser presenteada com uma caixa de Ferrero Rocher por um fã
Yves não parava de fumar
Mark foi o último a entrar na van

Tirei apenas com o Coen e mais uma com a Simone - não costumo tirar duas fotos com o mesmo artista na mesma turnê, a menos que a foto não tenha ficado boa, mas foi irresistível. Isaac demorou demais para aparecer. Os demais integrantes da banda e o pessoal da produção já demonstravam uma clara preocupação com o horário do voo. Então, quando ele apareceu, entrou na van correndo, sem atender ninguém.

Simone é muito linda e estava de ótimo humor
Coen Janssen não se importou de atender a galera

Uma curiosidade sobre este dia é que sempre observei que Kevin levava, além da discografia completa, uma foto para a banda autografar. Todas as vezes em que eu fazia um corre e não tinha um CD ou vinil da banda, tinha o cuidado de comprar um CD para autografar, mas isso era custoso e trabalhoso. Com o MP3 em alta e a venda de CDs em declínio, muitas vezes eu simplesmente não encontrava, quando encontrava não era com a formação atual. Foi o que aconteceu nesse caso: tentei comprar na Galeria do Rock, mas não encontrei nenhum com aquela formação.

Decidi adotar como padrão sempre levar uma foto. Monta-la dava um pouco de trabalho, mas ao menos era barato. Sheila abraçou essa ideia comigo, e como entendia bem mais que eu de Photoshop, criou modelos que utilizo até hoje. Basta uma imagem da banda em alta resolução, uma imagem do logo, e o nome e respectivo instrumento de cada integrante, que o arquivo fica pronto rapidinho. Para ter mais qualidade, mando revelar.


Kevin ainda me chamou para ir ao Hollyday Inn naquela tarde para tentar novamente o W.A.S.P. mas, devido a tudo que aconteceu, não fui. Me arrependi pois eles, incluindo Blackie Lawless, atenderam os fãs, embora de má vontade. A banda demorou 9 anos para retornar ao Brasil. Em 2012 e em 2015 foram anunciados shows no país, que acabaram cancelados pelo mesmo motivo: falta de profissionalismo de Blackie Lawless.

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