O primeiro Rock In Rio foi muito especial, pois colocou o Brasil na rota dos shows internacionais, que até então eram raríssimos e esporádicos, somente de bandas gigantes, como Queen (1981), Van Halen (1983) e Kiss (1983). Um show de uma banda internacional em uma cidade como São Paulo ou Rio de Janeiro era um evento tão raro, que tornava-se o assunto do ano, só se falava nele.
Imagine como foi para mim, com 12 anos, saber que minha banda favorita viria ao país, apenas dois meses depois de ouvi-la pela primeira vez. Conhecer o som do Iron Maiden foi quase como conhecer o amor de minha vida. Tanto que, 36 anos depois, aqui estou eu, mais fã do que nunca. Desde então tive todas as mulheres da minha vida - coincidentemente meu primeiro beijo foi em 1985.
O Brasil ainda vivia o regime militar, a moeda era o desvalorizado cruzeiro. Uma ligação internacional não era direta: era necessário falar com a telefonista, que seria capaz de completar a chamada. Em um mundo muito diferente do que existe hoje, dominado pelas gravadoras, o Brasil não era um mercado atrativo nem rota obrigatória na turnê de qualquer banda. O Rock In Rio não mudou isso imediatamente. Em 1985, excluindo o Rock In Rio, o show do ano foi Quiet Riot. Em 1986, Venom/Exciter. Apenas em 1989, quando o Motörhead e o Metallica vieram, a coisa começou a caminhar, mas com certeza quem abriu essa porta foi o festival de 4 anos antes.
Por essas e por outras, o primeiro Rock In Rio foi tão importante para mim. Quando desenvolvi a habilidade para fazer corres, decidi que conheceria o máximo possível das bandas e artistas que tocaram no festival, não importa se sou fã ou não. Foram 29 atrações, 14 internacionais, 15 nacionais - mas conto como se fosse 16 pois, embora fosse contado como um só, o show de Baby Consuelo e Pepeu Gomes contou com apresentações individuais, primeiro Baby, depois Pepeu; portanto considerei que foram dois shows.
Das 30 atrações, conheci ao menos um integrante de 22. Duas bandas completas com a formação da época: Iron Maiden e Scorpions. Provavelmente, no futuro, eu ainda conheça Ivan Lins, Lulu Santos e Rita Lee e consiga fotos com outros integrantes que tocaram no festival com Kid Abelha (Paula Toller), Paralamas do Sucesso (Herbert Vianna) e Blitz (Fernanda Abreu). Entre as internacionais, talvez acabe conhecendo Rod Stewart e integrantes do The B-52's, além de AC/DC (Brian Johnson) e Yes (Jon Anderson). Mais do que isso é difícil, muito difícil. Al Jarreau faleceu em 2017, Nina Hagen e The Go-Go's nunca vieram ao Brasil desde que comecei a fazer corres, em 2008.
- AC/DC - conheci 3 integrantes que tocaram no festival, Angus Young, Cliff Willims e Simon Wright. Levei naba de Brian Johnson. Não tive chance com Malcom Young
- Al Jarreau
- Alceu Valença - conheci
- Baby Consuelo - conheci
- Barão Vermelho - conheci um integrante que tocou no festival, Frejat
- Blitz - conheci dois integrantes que tocaram no festival, Evandro Mesquita e Juba
- Eduardo Dusek - conheci
- Elba Ramalho - conheci
- Erasmo Carlos - conheci
- George Benson - conheci
- Gilberto Gil - conheci
- Iron Maiden - conheci a formação completa que tocou no festival
- Ivan Lins
- James Taylor - conheci
- Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens - conheci um integrante que tocou no festival, George Israel
- Lulu Santos
- Moraes Moreira - conheci
- Ney Matogrosso - conheci
- Nina Hagen
- Os Paralamas do Sucesso - conheci um integrante que tocou no festival, João Barone
- Ozzy Osbourne - conheci 3 integrantes da formação que tocou no festival, incluindo Ozzy Osbourne, Tommy Aldridge e Don Airey (tecladista do Deep Purple, que excursionou com Ozzy em 1984 e 1985)
- Pepeu Gomes - conheci
- Queen - conheci 2 integrantes que tocaram no festival, Brian May e Roger Taylor
- Rita Lee
- Rod Stewart
- Scorpions - conheci a formação completa que tocou no festival
- The B-52's
- The Go-Go's
- Whitesnake - da formação que tocou no festival, conheci apenas o principal integrante de todas as formações: David Coverdale
- Yes - conheci 3 integrantes da formação que tocou no festival: Tony Kaye, Chris Squire e Alan White. Levei naba de Jon Anderson
Todas as bandas internacionais se apresentaram duas vezes, exceto o Iron Maiden, que abriu uma brecha na World Slavery Tour para encaixar a apresentação no primeiro dia do Rock In Rio, mas no dia seguinte já voou para New York. Entre as nacionais, todas se apresentaram duas vezes, exceto Ney Matogrosso, Ivan Lins e Rita Lee.
11 de janeiro
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Ney Matogrosso, o encontrei sem querer em duas oportunidades, ambas em 2013 |
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Fiz o corre do Erasmo Carlos em 2017 |
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Fiz o corre do Pepeu Gomes em 2015, e o reencontrei em 2016, com os Novos Baianos |
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Fiz o corre dos Novos Baianos em 2016, ocasião em que conheci Baby Consuelo |
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Encontrei duas vezes com David Coverdale, vocalista do Whitesnake, em 2011 e 2016 |
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Felizmente estou perdendo a conta de quantas vezes me encontrei com Steve Harris, baixista do Iron Maiden |
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Fiz o corre do Queen em 2015, quando conheci o guitarrista Brian May |
12 de janeiro
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Ivan Lins, nunca o encontrei |
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Fiz o corre do Grande Encontro em 2016, ocasião em que conheci Elba Ramalho |
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No corre do M. Night Shyamalan, em 2017, FOTASSA (pingo d'agua na lente) com Gilberto Gil |
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Al Jarreau. Tentei encontra-lo em 2014, mas não tive sorte. Faleceu em 2017, então não tive segunda chance |
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Fiz o corre do James Taylor em 2017 |
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Fiz o corre do George Benson em 2016 |
13 de janeiro
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Fiz o corre do Call The Police em 2017, ocasião em que conheci João Barone, baterista do Paralamas do Sucesso (2017) |
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Lulu Santos. Nunca o encontrei |
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Fiz o corre da Blitz em 2012, quando conheci Evandro Mesquita (voz, guitarra e violão) |
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The Gogo's, nunca vieram ao Brasil desde que comecei a fazer corres |
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Nina Hagen, nunca veio ao Brasil desde que comecei a fazer corres |
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Rod Stewart. Nunca fiz o corre, mas hunters mais experientes dizem que é mala |
14 de janeiro
O quarto dia de festival teve apenas 4 atrações, duas nacionais inéditas e duas internacionais que faziam a segunda apresentação, George Benson e James Taylor.
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Fiz o corre dos Novos Baianos em 2016, ocasião em que conheci Moraes Moreira, que faleceu em 2020 |
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Fiz o corre do Grande Encontro em 2016, ocasião em que conheci Alceu Valença |
15 de janeiro
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Durante o corre do A-ha, em 2015, encontrei George Israel, saxofonista do Kid Abelha e os Abóboras Selvagens |
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Encontrei Eduardo Dusek aleatoriamente no Aeroporto de Congonhas, em 2018 |
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Encontrei Frejat, do Barão Vermelho, aleatoriamente no Aeroporto de Congonhas, em 2017 |
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Encontrei duas vezes com Klaus Meine, vocalista do Scorpions, em 2012 e 2019 |
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Fiz o corre do AC/DC em 2009, quando conheci o guitarrista Angus Young |
16 de janeiro
O sexto dia de festival teve 5 atrações: uma nacional e uma internacional inéditas, duas nacionais e uma internacional que faziam a segunda apresentação, Os Paralamas do Sucesso, Moraes Moreira e Rod Stewart.
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Nos últimos anos, todo ano Rita Lee lança um livro. Sempre falo que vou conhece-la, mas nunca vou |
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Em 2018, participei do meet & greet do Ozzy Osbourne |
17 de janeiro
Com uma semana de festival, restavam apenas duas apresentações inéditas, uma delas da banda Yes, a única inédita do dia.
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Fiz o corre do Yes em 2013, quando conheci o baixista Chris Squire |
18 de janeiro
Enfim a última inédita.
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Ao menos conscientemente, jamais fiz um corre do The B52's |