sexta-feira, 9 de novembro de 2018

British Lion

Não é novidade pra ninguém que Iron Maiden é a minha banda predileta e que Steve Harris é meu principal ídolo. Por isso, não foi difícil decidir ir ao Rio de Janeiro quando o British Lion anunciou shows na América do Sul em 2018. Em São Paulo, caculei eu, seria bagunça. Steve é um cara que atrai multidões e, como muitos hunters paulistanos não tinham foto com ele ainda, todos queriam tentar. Se ele viesse com o espírito da turnê européia, seria para estreitar o contato com o público, atender geral. Mas... e se não viesse?! Preferi não arriscar...

Com a ajuda de amigos do Rio de Janeiro, que já o haviam visto no dia anterior, eu sabia que ele estava no Hilton. Meu voo foi bem cedo, então cheguei ao hotel para tentar já no café da manhã, mas ele não apareceu para se alimentar.

De tarde, toda a banda desceu ao hall, exceto Steve, mas preferi não abordar ninguém, para não entregar minhas intenções aos seguranças do hotel, já que eu não estava hospedado. Se fossem me expulsar após abordar Steve Harris, ao menos eu teria a foto com quem realmente interessava. Quando a banda saiu para passar o som, os seguranças da produção o retiraram do hotel por alguma saída alternativa.

Naquele dia, acordei de madrugada para voar, cheguei ao Rio e passei o dia inteiro no hotel - já estava quase anoitecendo. Exausto, decidi seguir para o hotel onde eu e Arianne passaríamos aquela noite, e dormir algumas horas, para retornar e tentar mais uma vez após o show. Não, eu não fui ao show. Amo Iron Maiden, mas prestigiar British Lion já é forçar a amizade, não rola. Após comprar alguma coisa para comer e chegar ao meu hotel, recebi a mensagem de um amigo que ficou, comunicando que a banda retornou da passagem de som e que Harris atendeu.

Após o show, logo ao chegar, Steve atendeu novamente, tirando fotos e distribuindo autógrafos para todos que o esperavam fora do hotel. Estávamos dentro, mas saímos, já que ele estava atendendo. Ele assinava tudo o que lhe pediam quase que no "piloto automático", mal prestava atenção no que era. Quando chegou minha vez, porém, ele se surpreendeu com o que levei: além de uma foto do British Lion, uma foto de sua primeira banda, Gypsy's Kiss, já devidamente autografada pelos seus antigos companheiros, que consegui em Londres meses antes. Ele pediu ao segurança, Peter Lokrantz, para se aproximar, mostrou a ele, e fez algum comentário que não compreendi. Também consegui autografar o livro "Steve Harris - The Clairvoyant", mas através da Arianne, que entrou para ele na vez dela.


Os outros músicos, entretanto, entraram e tentavam subir para seus quartos, possivelmente achando que ninguém se interessaria por alguma interação com eles. Chamei um, chamei outro... No fim, só não consegui foto e autógrafo com o vocalista Richard Taylor, que subiu antes que eu conseguisse falar com ele.

David Hawkins, guitarrista e tecladista do British Lion
Grahame Leslie, guitarrista do British Lion
Simon Dawson, baterista do British Lion
O excelente bônus da vez: o engenheiro de som Tony Newton, conhecido por seu trabalho com o Iron Maiden
No dia seguinte, retornei a São Paulo. Já que estava fácil, decidi ir ao hotel tentar uma nova foto com Harris, até porque eu tinha mais itens para autografar, incluindo uma foto da formação de 1977, autografada por todos, menos pelo Thunderstick. Quando cheguei, Carlos me contou uma história hilária:

“Fui abordar Dave Hawkins, o guitarrista, e ele estava emocionado, me disse que o Brasil é o melhor lugar do mundo. Eu perguntei o porquê, e ele respondeu "Isso é inédito, nunca aconteceu". Nunca ninguém pediu o autógrafo dele. Foto com ele, então, nem pensar. Ninguém queria, mas nós quisemos. Graças a nós, ele está curtindo a vida de rockstar.”

O segurança foi um pouco babaca pois, após minha vez, a fila para conseguir fotos com o Harris ainda estava relativamente grande e, claro, ele estava ocupado com ela. Falei com ele, perguntando se poderia me aproximar da van, estacionada a poucos metros, de portas abertas, e com os demais músicos dentro, para tentar falar com o vocalista. Expliquei que só faltava ele para eu completar a banda, mas tomei uma negativa. Fazer o que, não se pode ganhar todas...


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