A bem da verdade: até então eu e Carlos nunca ouvimos falar em Enforcer. Carlos, inclusive, achava que era uma banda nacional. Mas era fevereiro, período de poucos corres, logo depois da abstinência de shows de dezembro e janeiro, então fomos. Antes, demos uma passada em um bazar fit beneficente organizado por Karina Bacchi para arrecadar fundos para a ONG Florescer. Conseguimos a foto com Karina e seguimos para o Inferno Club, onde aconteceria o show. Leo e Ellen também estavam lá tentando conseguir as fotos.
Logo que a passagem de som terminou, três integrantes saíram da casa, separadamente. Um a um, os abordamos, e todos tiraram fotos conosco, mas foram chatos demais para uma banda série D. Bandas tão pequenas geralmente são mais legais, mas todos pareceram não estar muito a fim de interagir com ninguém. O baterista, entretanto, demorou demais para sair. Quando saiu, Ellen e Leo o abordaram e conseguiram a foto. Eu e Carlos estávamos um pouco afastados, tentamos nos aproximar, mas ele rapidamente atravessou a rua Augusta e foi direto para um estacionamento.
Nós o seguimos, mas ficamos sem graça de entrar, pareceu um pouco invasivo. Estávamos na porta, quando algum amigo saiu do estacionamento e disse:
- E aí, Adriano. Já conseguiu as fotos?
- Falta com o baterista ainda.
- Eles estão sem fazer nada, aguardando o manobrista buscar a van.
Agradeci a informação e decidimos entrar. O baterista estava encostado em uma pilastra. Eu o abordei e perguntei se poderíamos tirar uma foto. A resposta: "maybe after show". O corre terminou ali, para mim e para Carlos. Tivemos que assumir a maior mancha de nossas carreiras: acabamos de levar naba de alguém de uma banda série D.
Nós o seguimos, mas ficamos sem graça de entrar, pareceu um pouco invasivo. Estávamos na porta, quando algum amigo saiu do estacionamento e disse:
- E aí, Adriano. Já conseguiu as fotos?
- Falta com o baterista ainda.
- Eles estão sem fazer nada, aguardando o manobrista buscar a van.
Agradeci a informação e decidimos entrar. O baterista estava encostado em uma pilastra. Eu o abordei e perguntei se poderíamos tirar uma foto. A resposta: "maybe after show". O corre terminou ali, para mim e para Carlos. Tivemos que assumir a maior mancha de nossas carreiras: acabamos de levar naba de alguém de uma banda série D.
Olof Wikstrand, vocalista e guitarrista do Enforcer |
Tobias Lindqvist, baixista do Enforcer |
Joseph Tholl, então guitarrista do Enforcer. Ele saiu da banda em 2019 |