Em dezembro de 2015, um inusitado corre de última hora simplesmente surgiu. Eu estava pesquisando no Google sobre as bandas que viriam ao Brasil em 2016, quando vi a notícia do show do Village People em São Paulo, ainda em 2015. Obviamente sou muito bem informado no que diz respeito aos shows que acontecem em São Paulo, estou sempre pesquisando sobre o assunto, mas fui completamente surpreendido, eu simplesmente não tinha ideia de que essa banda passaria pela cidade. Pior: o show seria em apenas... 3 dias!
Durante o tempo em que fiz corre, o Village People veio em 2011. Kevin me chamou, mas eu não quis acompanha-lo. Depois que ele conseguiu, pensei "por que não fui?!". É um estilo que eu jamais colocaria para tocar por livre e espontânea vontade, mas todos que viveram os anos 70 e 80 - e eu vivi - tiveram a vida marcada de alguma maneira por hits como Macho Man e Y.M.C.A, que embalavam todas as festas e baladas.
Se eu tivesse aceitado o convite, teria conhecido David "Scar" Hodo, o operário da formação original. Quando tentei conhece-los, quatro anos depois, apenas Felipe Rose (o Índio) e Alex Briley (o soldado) ainda restavam como integrantes originais. Depois ambos também saíram, mas o vocalista original Victor Willis (o policial) retornou. Por isso, se o Village People voltar ao país, eu estarei novamente.
O show foi no Studio Verona, em Santana, zona Norte. Desconfiávamos de alguns hotéis que eram bastante suspeitos de hospedar a banda, pois eram próximos ao local. Fomos em alguns deles e não detectamos sinal algum de que o Village People estivesse lá. Decidimos ir até o local do show para, quem sabe, conseguir alguma informação. O maior problema é que, ao vivo, a banda usa playback, para todos possam pular e dançar a vontade enquanto cantam. Será que banda assim passa som? É o que iríamos descobrir.
Quando chegamos, uma van vazia deixava o local. O motorista desceu para trancar o portão, Jéssica se aproximou e perguntou se ele estava com a banda, ele confirmou. Ela perguntou o hotel, e ele respondeu uma opção muito improvável: Hilton. Era literalmente do outro lado da cidade, longe pra caramba, não fazia sentido algum. Parecia que ele estava nos trollando mas, naquela altura, era a única informação que tínhamos, então decidimos averiguar.
Quando chegamos, esperamos por algum tempo, sem sinal algum. De repente, vi alguém fantasiado dentro do hotel. Não enxergo tão bem a noite, então apontei na direção e pedi para que Carlos desse uma olhada. Ele já começou a me tirar um barato: "alguém fantasiado kkkk é o índio!". Com efeito, era ele mesmo. Mas eu esperava encontra-lo com um cocar enorme, tal como o que usava nos clipes, mas era apenas um penachinho. De qualquer forma, está valendo.
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Era deste modo que Felipe Rose se apresentava nos anos 70/80 e era assim que eu esperava encontra-lo |
Felipe Rose saindo do hotel já devidamente fantasiado, pronto para subir no palco |
Um a um, todos saíram e nos atenderam. O cowboy, o soldado e o motoqueiro estavam, tal como o índio, devidamente trajados, o operário e o policial não. Todos foram extremamente simpáticos, pareceu mais um encontro de amigos do que um corre de banda.
Bill Whitefield era o novo operário, substituindo o clássico David Hodo |
Jim Newman era o cowboy, substituindo Jeff Olson, que viveu o personagem por 23 anos entre 1990 e 2013 |
Alex Briley, o soldado, era o outro remanescente da formação original |
Ray Simpson era o policial, estava na banda desde 1987 |
Eric Anzalone, o motoqueiro, na banda desde 1985. O integrante original, Glenn Hughes, faleceu em 2001 de câncer no pulmão |
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