Chris Slade retornou ao AC/DC em 2015.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Chris Slade
Chris Slade retornou ao AC/DC em 2015.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Nightwish
A primeira vez em que o Nightwish veio ao Brasil desde que comecei a fazer corres foi em 2008 - quando eu nem sabia ainda que fazia corres. Nesse ano conheci apenas integrantes do Iron Maiden e o Paul Di'anno. Logo, nem ao menos cogitei tentar conhecer o Nightwish, quando a banda apresentou-se em novembro.
Em 2010, Marco Hietala apresentou-se no Blackmore Rock Bar com sua banda secundária, Tarot, e até pensei em ir para conhece-lo e tirar uma foto. Porém, por algum motivo relacionado ao trabalho, não consegui ir e tive que me contentar em aguardar pela próxima oportunidade.
Dois anos depois, em agosto, foi anunciado que o Nightwish viria ao Brasil para três apresentações em dezembro, em Porto Alegre (9), Rio (10) e São Paulo (12). Essa é uma banda que, até então, eu não havia prestado atenção, embora fosse uma das prediletas de muitos dos amigos que frequentavam o que eles mesmos chamam de corres góticos. Na verdade, são corres de metal sinfônico, mas ok. Logo, eu iria ao corre apenas pelo critério da "figurinha nova", já que não tinha foto com nenhum dos integrantes.
Certa noite, ao chegar do trabalho, Sheila perguntou se eu queria ir ao show do Nightwish. Explicou que descobriu que a empresa que trabalhava comprava ingressos de eventos para presentear funcionários que se destacavam. Todas as opções musicais oferecidas eram ruins, e a única que poderia interessar era essa, por isso a pergunta. Mesmo sem conhecer a banda direito, aceitei imediatamente. Na noite seguinte, ela já chegou em casa com os ingressos na mão.
Era difícil fazer as fotos para os integrantes das bandas autografarem, pois não havia nenhum local próximo de casa que fizesse a revelação no tamanho e padrão que eu precisava. Como não tenho carro, recorria à boa vontade da minha mãe para ajudar com uma carona, mas eu não ficaria enchendo o saco dela para isso a cada show que fosse anunciado. Portanto, era comum, no início de cada mês, irmos ao Extra Anhanguera, que possuía serviço de revelação de fotos, e eu já mandava fazer as fotos de todas as bandas anunciadas no mês anterior. Logo, no começo de setembro, a foto foi revelada com a vocalista Anette Olzon na formação.
No final do mesmo mês, Anette passou mal e não pode se apresentar com a banda no show de Denver (EUA). Os integrantes optaram por substituí-la por Alissa White-Gluz (então vocalista do The Agonist) e Elize Ryd (Amaranthe). Aparentemente seria uma solução temporária, mas Anette não ficou feliz com o fato do show não ser cancelado e reclamou publicamente. Isso, aliado ao inconformismo dos fãs, que desde a demissão de Tarja, consideravam que Anette nunca esteve à altura da vocalista anterior, levou à sua substituição definitiva por Floor Jansen.
Fiquei em uma sinuca de bico: deveria mandar fazer novamente a foto com Floor Jansen, ou levar a que já estava pronta para que todos, menos Floor, assinassem, conseguindo o autógrafo de Anette em outra ocasião, quando ela viesse com outra banda ou projeto? Como já tinha o autógrafo de Floor, optei pela segunda alternativa. Entretanto, quase dez anos se passaram e até hoje Anette não conseguiu manter-se musicalmente relevante para que algum produtor brasileiro se interessasse em traze-la.
No final de semana anterior à apresentação em São Paulo, eu estava ocupado fazendo corre de tenistas. Astros do esporte como Roger Federer, Maria Sharapova, Serena Williams e Jo-Wilfried Tsonga, entre outras estrelas, faziam uma turnê para mostrar aos fãs brasileiros um pouco de suas habilidades dentro das quadras. Esse foi um corre que fiz completamente errado: a ideia era conhecer Federer e a gatíssima Sharapova, os outros eu mal sabia quem eram, pois não acompanho o esporte. Entretanto, embora todos estivessem em São Paulo desde quarta-feira, iniciei o corre dois dias depois, e consegui conhecer somente Victoria Azarenka, então número um do mundo no feminino.
No sábado, a intenção era estar livre para ir ao aeroporto e encontrar com a banda já na conexão de São Paulo para Porto Alegre. Entretanto, como os objetivos do corre de tênis estavam longe de ser alcançados, decidi permanecer onde estava para continuar tentando, e encontrar com a banda somente quando os músicos retornassem a São Paulo.
Jess deu uma passada no Renaissance, o hotel onde os tenistas estavam, não me recordo se apenas para me dar um "oi" ou para tentar tirar foto com alguém. Seja qual fosse seu motivo, eu lhe daria um melhor para abandona-lo. Discretamente, a chamei em um canto e disse para ir ao aeroporto, pois o Nightwish passaria por lá no começo da tarde. Sua cara de espanto foi impagável:
- Hoje?!
- Hoje!
- Mas você tem certeza??? O show é só na semana que vem...
Isso é um pouco chato, você dá uma informação valiosa como essa na maior boa vontade, mas ainda precisa explicar, porque mesmo quem fazia corres não era capaz de entender como funcionavam os voos de conexão. Ainda assim, ela me ouviu e conseguiu encontrar com a banda, que a atendeu numa boa.
Desde o corre do Evanescence, quando Jess se decepcionou com sua maior inspiração de vida, Amy Lee, precisava de um novo ídolo, e não foi difícil optar por Floor Jansen. Antes mesmo do ocorrido com Amy, ela montou uma fan-page do ReVamp, e enviou uma despretenciosa mensagem para Floor no Facebook da banda. Inacreditavemente, a vocalista não apenas leu, como respondeu, e assim se iniciou um ciclo de amizade e idolatria que perdura até hoje. Todas as vezes que Floor vem ao Brasil, Jess tem atenção especial e acesso facilitado.
2012 foi um ano difícil, em que realmente aprendi a fazer corre e tornei-me um hunter de verdade, capaz de descobrir hotéis quase sem ajuda. Fazer isso no ritmo em que eu fazia era extremamente cansativo. Era dezembro, fiz isso o ano inteiro e achava que merecia um descanso. Portanto, pedi para Jess perguntar o hotel à Floor, assim eu não precisaria, mais uma vez, "me virar nos 30".
Por outro lado, a irmã de Alvaro namorava o produtor do show, o holandês Eric de Haas. Isso fazia com que ele fosse "cunhado" de Eric, tivesse certa proximidade, e conseguisse informações privilegiadas, como a vez em que fomos ao aeroporto duas semanas após a saída do Symfonia do Brasil, pois a banda passou em São Paulo em uma conexão que jamais seríamos capazes de imaginar. Também pedi para que ele conseguisse essa informação.
Os dias se passavam e nada da informação chegar. Jess dizia que Floor conversava sobre praticamente qualquer assunto com ela, mas que não diria o hotel em que a banda ficaria, nem mesmo se ela perguntasse. Para ser honesto, me pareceu mentira. Alvaro dizia que sua irmã e Eric estavam brigados, e que ele não teria "cara" para pedir nada. Por isso, decidi fazer corre no aeroporto, não no hotel.
Sheila se aventurava na fabricação de sabonetes artesanais para tentar conseguir uma renda extra. Não recordo exatamente o porquê, mas quando comentei que o Nightwish viria, ela decidiu fazer sabonetes especiais para Floor, com o nome da vocalista, além de múltiplas cores e aromas. Como estaria no trabalho no horário da chegada da banda, me incumbiu de presentea-la em seu lugar.
No dia em que a banda retornou a São Paulo, encontrei-me com Laari no começo da tarde e ficamos conversando sobre corres, músicas etc. até chegar o horário de seguir ao aeroporto. O Nightwish sempre atrai muitos fãs e, como previsto, havia ao menos 25 à espera. Isso felizmente não foi um problema para a banda atender a todos. Até Emppu, que tem fama de ser chatinho com os fãs, estava relativamente de bom humor.
Floor Jansen, vocalista do Nightwish |
Marko Hietala, então vocalista e baixista do Nightwish. Saiu da banda em 2021 |
Emppu Vuorinen, guitarrista do Nightwish |
Jukka Nevalainen, baterista, foi afastado por problemas de saúde em 2014. Sua saída oficial foi anunciada em 2019 |
Tuomas Holopainen, tecladista do Nightwish |
Troy Donockley era músico convidado, mas passou a integrar a banda oficialmente ao final da turnê |
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Após passar pelo portão de desembarque e sair para a área externa, os músicos já começaram a atender, mas esse processo foi interrompido porque a produção avisou que seria necessário atravessar todo o aeroporto até a área onde as vans tem autorização para estacionar. Os músicos interromperam o atendimento, mas prometeram retomar, atendendo quem faltasse quando chegasse lá. Eu já havia conseguido foto com todos, mas alguns fãs ainda não. Fãs e banda caminharam juntos. No caminho, Wesley posicionou-se atrás de Floor e tirou uma foto da bunda dela. Acho que ele tem foto da bunda de todas as vocalistas de metal, mas temos que admitir: embora as européias não sejam exatamente conhecidas por esse motivo, Floor tem um belo rabo. Enquanto isso, apressei o passo para chegar onde ficam as vans. Quando Floor passou, mostrei os sabonetes, dizendo que tinha um presente para ela, que pareceu ficar encantada.
Infelizmente não gostei de minha foto com Marco Hietala. Foi tirada contra a luz, não ficou legal. Então, fui obrigado a descer de meu orgulho, fazendo algo que definitivamente não costumo: pedir ajuda. Enviei mensagem para todos que poderiam saber de alguma coisa, desde fãs e hunters, até produtores. A essa altura, eu e Laari já estávamos a caminho do Hilton, onde eu desconfiava que a banda poderia ficar. Foi quando chegou a resposta de um amigo improvável, produtor de shows do Rio de Janeiro: a banda estava no Unique. Imediatamente descemos do ônibus e tomamos outro, que nos deixaria na Avenida Brigadeiro Luís Antonio, onde fica o hotel. Avisei a Sheila, que ficou de nos encontrar quando saísse do trabalho. Quem sabe ela conseguisse foto com a Floor, além de receber pessoalmente os agradecimentos pelos sabonetes?
Pouco depois que Sheila chegou, estávamos em frente ao hotel, quando apareceu Diego e Jess. Me senti duplamente traído. No ano anterior, quando o Mayan veio ao Brasil, Diego me implorou por ajuda, e eu ajudei. Assim que descobri o hotel, passei imediatamente a informação para ele. Jess, por sua vez, foi ainda pior: fiz um esquema todo especial para tentar coloca-la em frente à Amy Lee, e consegui, não importa o quão decepcionante foi o encontro. A ajudei com o Nightwish há poucos dias e ela disse que não sabia o hotel e que Floor não falaria. Como diabos, então, estava na minha frente, se ela em tese não tinha informação, levando em conta de que a banda tinha acabado de chegar à cidade???
Nos últimos meses, eu havia brigado com umas 20 pessoas que fazem corres, estava excluindo geral da minha vida. Dois a mais, dois a menos, não fazem diferença... E foi assim que eu e a Jess deixamos de nos falar por um ano e meio. Com o Diego, nunca houve retorno. Ouvi dizer que ele disse que não me avisou porque queria ter o momento dele com a banda. É justo. Mas quando foi necessário me pedir ajuda, pediu. Definitivamente não preciso de amigos assim!
Apenas Hietala apareceu para interagir com os pouquíssimos fãs que estavam em frente ao hotel. Era quem eu queria, mas Sheila ficou sem conhecer a Floor. Pena...