sábado, 25 de setembro de 2010

Toy Dolls

O Toy Dolls se apresentou em São Paulo. Esta é uma banda que eu queria muito conhecer, mas Kevin não queria e nem sabia o hotel. O jeito foi recorrer a outros picture hunters e um deles, o Mestre, disse que sabia o hotel. Fomos ao Linson, na rua Augusta, onde esperamos a tarde toda, mas não vimos sinais que indicassem a presença da banda: era o hotel errado. Tive que esperar oito anos até que a banda retornasse ao país para que eu pudesse, enfim, conhece-la.

Meu primeiro contato com o Mestre foi no corre do Motörhead, em 2009. Ele sempre foi um sujeito estranho. Embora faça corres há muito mais tempo que eu, e tenha fotos incríveis, nunca foi bom o bastante. No dia do Toy Dolls, eu ainda não sabia, é claro. Mas com o passar do tempo, observei que ele não é capaz de descobrir os hotéis mais elementares sozinho.

Ele apenas tenta ser o cara legal, e espera que alguém o chame para o próximo corre. Quando isso não acontece, faz textões nas redes sociais, dizendo que as pessoas não valorizam a amizade, que todos vendem a mãe por uma fotinho com banda. O exagero é tão grande que, a impressão que passa é que fotinho com banda é a causa de todo mal do mundo

Ele chegou a criticar publicamente quem tenta conseguir fotos com bandas, mas continua nos hotéis para tentar conseguir fotos também. Levou um belíssimo come de um assessor de imprensa que o viu em um hotel em Limeira. Sobre o apelido, há quem o chame de Mestre mas, para mim, não passa de mestre dos fracassados. Todos aqueles que são rejeitados quando tentar fazer corre conosco (porque são fracos) acabam de uma maneira ou de outra fazendo corres com o Mestre. Que beleza!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Lacrimosa

Uma das meninas que conheci no corre do Heaven & Hell, Maria Claudia, sempre me chamava para fazer corres “estranhos”. No dia em que tentei conhecer o Dream Theater, ela queria que eu a acompanhasse no corre do Korpiklaani. Ouvi a banda pela primeira vez através de sugestão dela e gostei, mas não perderia a chance de conhecer o Dream Theater para tentar encontrar com uma banda que eu nem sabia da existência até pouquíssimo tempo antes.

De tanto insistir, ela me convenceu a acompanha-la no corre de outra banda que nunca ouvi falar: Lacrimosa. Diferentemente do Korpiklaani, ouvi o som e não gostei. Mas aceitei acompanha-la. Fomos ao hotel, Blue Tree Faria Lima, e esperamos no hall.

A banda chegou por volta de duas horas da manhã e ficou conosco por outras duas horas. Foi um dos corres mais legais de todos os tempos. Tilo Wolff e Anne Nurmi tiraram fotos, deram autógrafos, conversaram, contaram estórias. Ao final, fumaram um cigarro sentados em um canteiro de árvore em frente ao hotel. Eles nos trataram tão absurdamente bem que fiquei chateado por não conseguir gostar do som deles, por mais que tentasse. E quebrei minha regra de não tirar fotos com quem não sou fã: foram tão legais que seria um absurdo recusar. E já que eu iniciara minha coleção de autógrafos em fotos, fez todo sentido levar uma para eles assinarem também.


sábado, 18 de setembro de 2010

Scorpions e Delain

A bem da verdade: não sou fã de Scorpions. Até tenho dois ou três LPs, gosto de uma música aqui, outra lá, e é isso. Porém, após mais de um ano recusando acompanhar Kevin em corres de bandas que não sou fã, decidi ir neste. A morte de Dio mudou meus pensamentos. Até aqui, deixei de conhecer muitos artistas importantes porque não sou fã, incluindo Tony Martin, Joe Lynn Turner, Jon Lord, Yes, Asia, Faith No More, Focus, Iggy Pop, J.J. Jackson, The Cult. Porém, o fato de eu ser fã ou não, não os torna ruins ou sem importância.

Decidi que passaria a frequentar alguns desses corres, desde que não atrapalhasse os verdadeiros fãs. O Scorpions estava em minha cidade e eu poderia até não ser o fã número um, mas conhecia e gostava de algumas músicas. Melhor aproveitar a oportunidade.

Desta vez não estava disposto – e nem com dinheiro – para assistir ao show, e muito menos para pagar pela hospedagem. Além do mais, durante o tempo que fiz corres, observei que muitos hunters não iam ao show, apenas tiravam as fotos e retornavam para casa.

A banda estava hospedada no Grand Hyatt. Ao chegar, entrei e fui diretamente ao restaurante, onde estava Kevin. Assim como ele, pedi algo para comer, o que em tese evitaria a expulsão do lugar. Naquele dia, vimos somente o guitarrista Rudolf Schenker e o baixista Pawel Maciwoda, que nos atenderam sem problemas.

Rudolf Schenker e a porra do dedo do Kevin no canto superior esquerdo
Pawel Maciwoda, baixista do Scorpions

No dia seguinte, o Delain apresentou-se pela primeira vez no Brasil. O ingresso já estava comprado há tempos. Na semana do show, a produtora anunciou que as primeiras 400 pessoas a entrar teriam direito a um meet & greet gratuito. Receoso em não estar entre elas, cheguei extremamente cedo, e passei o dia todo na fila que, ao final, tinha no máximo 150 pessoas. Eu poderia estar o dia no hotel do Scorpions, aparecendo no Carioca Club apenas para o meet. 

O show foi genial, mas o meet foi ruim, com o pessoal da produção apressando o tempo todo. Nem dava para conferir se uma foto ficou ou não boa, e já tinha alguém enchendo o saco, empurrando para a saída. Fora as mesas que definiam a separação entre você o músico. Na tentativa de salvar a foto, sem querer me aproximei demais de alguns deles, e ficou meio esquisito. Desse dia em diante, sempre que pudesse escolher entre corre ou meet & greet, escolheria corre, sem pensar duas vezes. Além do mais, ficou nítido que a “bondosa” oferta foi uma tentativa de lotar o local. Com capacidade para 1.000 pessoas, imagine o quanto estava vazio com apenas 150.

Charlotte Wessels, vocalista do Delain
Ewout Pieters era guitarrista do Delain
Otto Schimmelpenninck, baixista do Delain
Sander Zoer era baterista do Delain
Martijn Westerholt, tecladista do Delain
Assim que o show acabou, tomei um taxi para o Grand Hyatt. Ao chegar, Kevin já sabia em que hotel estava o Delain. Eu realmente ficava intrigado de como ele conseguia sempre saber de tudo. Até tive uma certa “coceira” para ir e tirar outra foto com a lindíssima Charlotte Wessels, mas faltava finalizar o Scorpions, então apaguei “o fogo no rabo” e permaneci onde estava.

Infelizmente era tarde: o que tinha que acontecer já havia acontecido. De tarde, enquanto eu estava na fila do Delain, Klaus Meine atendeu a todos no hotel. Pawel viu Kevin com aquele monte de LPs, então espalhou todos pelo chão e deitou-se com eles. Eu só acreditei porque vi a foto.




No dia seguinte, lá estávamos novamente no Grand Hyatt. Somente James Kottak atendeu. Para todos faltava apenas foto com o Matthias Jabs. Para mim, faltava também com o Klaus. Após passar o dia inteiro no hotel, estava chegando a hora da banda ir para o show. Foi quando o chefe de segurança do hotel, muito educado, falou conosco:

- Eu deixei vocês aqui dentro por três dias, sem atrapalhar. Mas agora o pessoal da produção pediu e eu preciso pedir para vocês saírem.

Meu corre finalizou ali. No fim, consegui 3/5 da banda, mas poderia ter conseguido 4/5 se não fosse a “bendita” promoção de meet do Delain. Nunca mais caio nessa!

James Kottak era o baterista do Scorpions