domingo, 17 de fevereiro de 2019

Eluveitie

Quando, em maio de 2016, foram anunciadas as saídas de Ivo Henzi, Merlin Sutter e Anna Murphy do Eluveitie, pensei: "Ferrou, a banda acabou! Vamos ver se presta o som da nova banda que os 3 vão montar". Para mim, era o fim do Eluveitie. Que nada, Chrigel Glanzmann conseguiu montar uma banda ótima, talvez ainda melhor do que era com os três que abandonaram o barco. Particularmente, gostei muito dos álbuns lançados até agora com a nova formação: "Evocation II - Pantheon" e "Ategnatos". Por outro lado, não gostei nem um pouco do som do Cellar Darling, a banda montada pelos dissidentes.

Portanto, quando o Eluveitie veio ao Brasil, era hora de tentar conseguir fotos com os 5 integrantes com quem eu ainda não tinha fotos: a vocalista Fabienne Erni, que também toca harpa e mandola; o guitarrista Jonas Wolf; o baterista Alain Ackermann; Michalina Malisz, que toca hurdy-gurdy; e a violinista Nicole Ansperger, que não veio ao Brasil em 2015.

No textos enviados à imprensa e outros canais de divulgação, a produtora EV7 Live ressaltava que "a banda suíça de folk metal já veio em outras ocasiões, mas é a primeira vez que se apresentará no Brasil completa, com nove pessoas no palco. Nas visitas anteriores, os shows foram com a formação reduzida". Dupla fake news.

Era a primeira vez que a banda viria com 9 integrantes porque Anna Murphy foi substituída por duas integrantes, Fabienne Erni e Michalina Malisz, transformando a banda de octeto para noneto. Em 2013 e 2015, sim, a banda de então 8 integrantes tocou desfalcada: em 2013, Anna Murphy adoeceu pouco antes da turnê sul-americana e não veio ao Brasil, e em 2015, Nicole Ansperger e Kay Brem não vieram, e nenhum anúncio sobre as ausências foi feito antes ou depois dos shows pelo país.

Nos duas primeiras vezes em que a banda veio ao Brasil, em 2012 e 2013, todos os 8 integrantes estavam no palco. Por fim, neste show de 2019, anunciado como sendo a primeira vez que a banda teria 9 pessoas no palco, a banda tinha apenas 8 integrantes, pois mais uma vez Kay Brem não veio, sabe-se lá porquê.

Sobre o corre: eu não tinha a menor ideia de em qual hotel a banda poderia estar. Fui ao show com Arianne. Quando terminou, Fabienne Erni, fofíssima, foi até a porta de acesso dos artistas no Carioca Club e atendeu tanto quanto pode, parando apenas quando foi chamada pelos outros integrantes para que a banda pudesse deixar o local.

Fabienne: linda, gente boa, com uma voz incrível: que vontade coloca-la em um potinho e leva-la para casa 😆


Com a banda entrando na van, decidi apelar: corri até lá e falei com o tour manager, que é meu amigo. Perguntar é algo que dificilmente faço, mas nessa noite não houve jeito, era isso ou perder. Com a informação, tomei um táxi com Arianne, chegamos logo depois da banda. Alguns integrantes já haviam subido, então tratei de abordar quem eu não tinha.

Nesse dia, descobri que Chrigel e Nicole são um casal. Os dois conversavam sentados em uma mureta no hotel, me aproximei e abordei somente Nicole, pois já tenho algumas fotos com Chrigel. Percebi que ele se chateou um pouco por eu não fazer questão de falar com ele, mas ou eu tirava foto repetida ou tirava com quem eu ainda não tinha.

Nicole me atendeu sem problemas, apesar de eu ter interrompido sua conversa com Chrigel

Michalina passou ao meu lado, eu a chamei, mas ela fingiu que não ouviu, estava muito próxima para não ouvir. Fabienne, que caminhava ao lado dela, disse algo como "ele quer falar com você, acho que quer uma foto". Com expressão que dizia claramente "que saco!", ela viu que era somente eu e Arianne, mas pediu para tirar apenas uma foto. Como Arianne não queria, tirou apenas comigo. Tudo o que Fabienne tem de simpática, ela teve de antipática.

Michalina foi bem antipática. Espero te-la conhecido num dia ruim, ela ainda não é ninguém para querer ser mala


Quando achei que todos os outros músicos já haviam subido, percebi que alguns deles foram a um bar próximo ao hotel, mas foi algo rápido, pois já retornavam. O baterista Alain Ackermann estava entre eles, então o abordei, dizendo que gostei muito das mudanças de som que ele trouxe para o Eluveitie. Tivemos uma rápida conversa sobre isso, e ele me atendeu de boa.

Gente fina, Alain Ackermann deu uma nova sonoridade à banda

Dos meus objetivos, só não consegui foto com o guitarrista Jonas Wolf. Terei que fazer o corre novamente quando a banda retornar ao Brasil, mas não me importo. Eu adoro Eluveitie, hoje é com certeza uma das bandas que mais ouço.

O que aconteceu depois disso é que foi realmente bizarro: Os shows em Belo Horizonte, Brasília e Curitiba foram cancelados. De acordo com a EV7, o primeiro por vontade da banda e os outros dois por decisão da produtora. Houve troca de acusações entre banda e produtora pelas redes sociais. A produtora alegou motivos esdrúxulos, dando a entender que o show do Belo Horizonte foi cancelado porque não havia o chá que a banda pediu no camarim.

É claro que a internet não perdoou!

No fim, a banda anunciou que se apresentaria de graça no Rio de Janeiro - cidade que nem constava originalmente da turnê - para todos os fãs que tivessem ingressos das apresentações canceladas, numa tentativa de minimizar as perdas causadas pelos cancelamentos. Quem não tivesse ingresso pagaria apenas R$60,00 para entrar no evento que, de acordo com o comunicado, serviria apenas para cobrir os custos das produtoras No Class e On Stage, que assumiram o evento na cidade carioca.

Seja o que aconteceu, foi depois do meu encontro com a banda em São Paulo. O clima estava bom no hotel, todos pareciam felizes, exceto Michalina. Após essa data, a produtora começou a dar mancada atrás de mancada, e várias bandas que viriam através dela ao Brasil cancelaram os shows, incluindo Dead Kennedys, Glenn Hughes, Uhiah Heep e Combichrist. O show de Stryper e Narnia em São Paulo aconteceu, porém sem a presença da terceira banda anunciada, Tourniquet. Além disso, o show de Brasília foi cancelado. Isso abre espaço para que cada um possa concluir quem deve ser o errado nessa confusão.