Sabe aquele corre em que se faz alguma merda e perde-se a chance de conhecer a banda, ou ao menos algum integrante importante? Pois é, foi esse. Eu estava injuriado com tudo o que aconteceu na minha passagem por Porto Alegre (ainda não escrevi sobre isso, mas escreverei), então estava a fim de pegar a primeira tonta que aparecesse na minha frente, não importava quem fosse.
Me inscrevi em um aplicativo de relacionamento chamado Hapnn, e logo nas primeiras horas já tinha um encontro agendado. Marcamos de nos conhecer pessoalmente no Burdog da Avenida Dr. Arnaldo na mesma noite. O problema é que também era a noite de corre do Satyricon, mas acreditei que se gerenciasse o tempo direitinho, daria para fazer tudo. A ideia era comer, me despedir da menina, e seguir para o hotel onde estava a banda, para conhecer os integrantes do Satyricon, após o show.
O que eu não contava é que, após o encontro, ela decidisse retornar a pé para casa, distante 1.5 quilômetro, na Rua Heitor Penteado. Pareceu uma boa ideia acompanha-la na caminhada, enquanto conversávamos mais um pouco. Eu a deixaria no prédio em que ela mora, chamaria um táxi, e seguiria para o corre. O problema é que, com a caminhada inesperada, cheguei atrasado ao hotel. A banda já tinha chegado e Satyr subiu para o quarto após atender Carlos e Jessica que, diferentemente de mim, não se atrasaram. Como consolação, consegui conhecer Frost, um dos dois integrantes oficiais da banda - todos os outros são apenas músicos de turnê.
 |
Frost, baterista do Satyricon |
Satyricon é uma banda rara em São Paulo, só veio duas vezes, a primeira em 2011, quando eu ainda não era bom o bastante nos corres, e a segunda em 2017, quando fiz essa bobagem. Não é o tipo de banda que se deve perder, pois demora muito para retornar, se retornar. No planejamento inicial estava incluso assistir ao show, mas como a doida do sul surtou e desistiu de vir a São Paulo, perdi completamente o tesão de ir, optando por fazer somente o corre. Fiz tudo errado.
Acompanhando os músicos, estava Dewindson Wolfheart, vocalista do Wolfheart and the Ravens e ex Ravenland. Tommy Lindal, guitarrista original da banda norueguesa Theatre of Tragedy, o acompanhava. Dewindson, que é meu amigo, nos apresentou, anunciando que Lindal era o novo guitarrista de sua banda atual. Só fui entender quando cheguei em casa, postei as fotos no Facebook e marquei Tommy Lindal. Nos minutos seguintes, ele me adicionou, e começamos a trocar ideia no Messenger. Descobri que ele estava morando no Brasil porque tem filhos com uma brasileira. Quem diria?! Eu jamais imaginaria...
Juliana Novo, baterista do Crucifixion BR, também minha amiga, estava no hotel como convidada de Dewindson para, como eu, conhecer os integrantes do Satyricon.
 |
Tommy Lindal, guitarrista da formação original do Theatre of Tragedy, e Frost |
 |
Juliana Novo, baterista do Crucifixion BR |
Fim de corre. Mas o pior ainda estava por vir... No dia seguinte fiz uma bobagem ainda maior (que contarei em outra oportunidade).