Meu único corre no período em que morei em Belém foi logo no dia em que cheguei à cidade. O Vital Remains apresentou-se no Parque dos Igarapés. Quase tudo foi muito diferente do que eu estava acostumado em São Paulo. Chegamos ao local no começo da tarde, pois Vania queria assistir às bandas de abertura. Pra dizer a verdade, se eu não estava interessado nem no Vital Remains, que dizer das bandas de abertura?! Aquele, em tese, era o começo de minha nova vida, que deveria durar para sempre, ou pelo menos por tempo suficiente para valer a pena. Eu e Vania éramos um casal novo, então imaginei que quando chegasse encontraria aquele fogo, aquela vontade de ficar junto o tempo todo que todos os novos casais tem.

Quando eu ainda estava em São Paulo, ela comentou que queria ir ao show. Fiquei broxado, pois queria chegar e começar logo a curtir o relacionamento, não fazer o que sempre fiz, bandas e corres, uma vida que aceitei deixar para trás para iniciar uma nova realidade com ela. Eu disse que não estava minimamente interessado em ver esse show - pra dizer a verdade, eu nem sabia que essa banda existia, e nunca mais ouvi falar dela, nem antes, nem depois. "Mas é o Vital Remains": Vania disse isso como se fosse o Iron Maiden, o Queen, o AC/DC ou o Rolling Stones.
De qualquer forma, já que eu estava lá, não tinha porque não fazer o que sei fazer de melhor: corre. Perguntei à Vania onde o produtor poderia ter hospedado a banda, e ela respondeu que talvez no próprio Parque dos Iguarapés, já que lá existem chalés onde os integrantes poderiam ficar até a hora de subir no palco. Até pensei em sair explorando, em busca dos tais chalés, mas desisti quando encontrei a placa ao lado.
O Parque é encrustado na floresta, com muita mata nativa. Foi muito diferente assistir a um show em uma enorme estrutura indígena. Chega a ser engraçado pensar que o show em São Paulo aconteceu no Clash Club. Realidades tão diferentes em um país continental!
O Parque é encrustado na floresta, com muita mata nativa. Foi muito diferente assistir a um show em uma enorme estrutura indígena. Chega a ser engraçado pensar que o show em São Paulo aconteceu no Clash Club. Realidades tão diferentes em um país continental!
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Bocao é muito gente boa |
No meio da galera que foi para assistir o show, encontrei Felipe, que conheci 6 anos antes, quando estive na cidade para ver o Iron Maiden. Ele ficou muito surpreso ao me ver e pareceu não acreditar quando eu disse que agora eu também era morador da cidade.
Eu era a novidade, então todos queriam saber se eu gostava da temperatura, que estava em torno de 36º. Apesar de suar que nem fdp, prefiro isso a qualquer temperatura abaixo de 18º, como as que encontrava frequentemente no outono e inverno paulista. Para mim, estava ótimo!
Quando enfim a banda chegou, que supresa maravilhosa! Foi a primeira vez que vi uma banda chegar ao local do show de Kombi, com um adesivo "A serviço de Jesus", e um cartaz com pentagrama logo abaixo. Hahaha genial, adorei!
Após o show, quando os integrantes desceram do palco, eu e Vania abordamos um a um e conseguimos as fotos. Simples e fácil!
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Brian Werner, vocalista do Vital Remains |
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Tony Lazaro, guitarrista do Vital Remains |
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Dean Arnold, guitarrista do Vital Remains |
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Gator Collier, baixista do Vital Remains |
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James Payne, baterista do Vital Remains |