sexta-feira, 25 de setembro de 2015

System of a Down

Esse foi um corre que fiz de forma extremamente mal feita e só consegui uma foto, com o gente finíssima baterista John Dolmayan. A banda estava no hotel Emiliano, então fui para lá com Fernando. Assim que chegamos já vimos Dolmayan, que parecia mais ser um fã hospedado do que um músico da banda. Sempre sozinho, sem a companhia de seguranças, entrava e saía do hotel o tempo todo e todas as vezes parava para confraternizar conosco. Foi provavelmente o músico mais humilde que já conheci, especialmente ao considerar o tamanho da banda em que toca.

Não me recordo exatamente porquê, mas Sheila queria que eu estivesse em casa esta noite. Quando saiu do serviço, deu uma passada no hotel e nos encontrou. Estava irritada e exigia que eu fosse para casa com ela. Infelizmente acabei cedendo. Fernando e Fabi permaneceram no corre e conseguiram fotos com todos os músicos pouco tempo depois que saímos, quando a banda saiu para fazer o show. "Ou você namora ou você faz corre", é o que diria Carlos. Eu, como um cara casado, às vezes tinha que abrir concessões que me faziam perder fotos. O System nunca retornou ao Brasil para que eu pudesse ter uma segunda chance.

John Dolmayan é humilde demais e gente boa demais!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Faith No More

Assim que eu e Daniela chegamos ao hotel Unique, observei que havia diversos fãs esperando pelo Faith No More. É o de sempre: alguém descobre o hotel, publica no grupo de fãs da banda no Facebook ou posta no grupo do Whatsapp. Isso é extremamente broxante. Hotel lotado é igual a chance de naba alta. Desisti de tentar no hotel e fomos ao estacionamento do Espaço das Américas. Isso, entretanto, foi uma má decisão, pois pelo que fiquei sabendo, a banda atendeu os fãs no Unique antes de sair para o show. Paciência, não se pode ganhar todas.

Quando chegamos, encontramos com Ellen e foi o de sempre: horas de espera. Sabe-se lá como, a banda chegou antes de nós, então nossa melhor chance era esperar que algum músico saísse para fumar. Se ninguém saísse, a única alternativa seria esperar pelo término do show. Por sorte, o único músico com quem eu ainda não tinha foto saiu para fumar, o tecladista Roddy Bottum. Finalizei o corre, enquanto Ellen e Daniela tentaram um pouco mais.

O único músico que vi desta vez era justamente aquele com quem eu ainda não tinha uma foto

domingo, 13 de setembro de 2015

Queen + Adam Lambert

Desde que conheci Wesley, há alguns anos, ele sempre disse que Adam Lambert era seu maior ídolo, o artista que mais gostaria de conhecer. Sua admiração era tanta que tentou imitar o topete que Lambert usava - mas com certeza ficou bem mais parecido com Ricky Martin, que foi como o apelidei. 😆

Quando o Queen enfim retornou ao Brasil, eu e Marcelo Zava acreditávamos que os músicos ficariam hospedados no hotel Unique. Fomos, mas estava tudo quieto demais, sem nada que indicasse que poderia ser lá. Nossa segunda tentativa foi o hotel Fasano. Tão logo chegamos, já havia uma concentração de fãs em frente ao hotel. A banda, entretanto, ainda não havia chegado do aeroporto.

O grande problema era a concentração do público LGBT, que estava em peso, porque queria conhecer o vocalista Adam Lambert, que é assumidamente gay e defensor da causa. Embora seja um público complicado por padrão - há os que sabem se comportar, mas a maioria prefere gritar, ir em bando, espalhar o hotel etc. - entre eles, havia um, Mário, que é completamente problemático. Ele não sabe ser civilizado, berra, se joga em cima de quem quer que seja. Já apanhou até mesmo de segurança, no aeroporto, no Lollapaloza 2016, ao se jogar em cima da vocalista do Florence + The Machine.

Quando a banda chegou, Carlos foi o único esperto entre todos nós. O primeiro a descer da van foi justamente Adam Lambert. Todos, incluindo eu e Zava, tentamos falar com ele. Enquanto isso, Carlos ficou impassível. Quando Brian May desceu, passou quase despercebido. Apenas Carlos o abordou, e conseguiu foto e autógrafo sem dificuldade.

Na maior boa vontade, Lambert até tentou atender em meio aos berros, quando Mário literalmente jogou-se sobre quem estava mais próximo ao vocalista. Isso o assustou, ele parou de atender e entrou no hotel. Zava, que é um cara grande e com tendência a ser briguento, ainda não conhecia Mário, mas o ameaçou imediatamente: "você é louco?! O cara estava atendendo de boa e você faz isso? Se chegar perto dele novamente, vou encher sua cara de porrada!". Realmente dava vontade, mas nem cogitei em fazer o mesmo. O problema é que bater num merda desses faria com que ele alegasse homofobia - tudo é homofobia hoje em dia.

Brian May ainda estava em frente ao hotel. Quando percebemos, tentamos falar com ele, mas não deu muito certo. Também assustado com a confusão criada por Mario, tentou entrar no hotel o mais rápido que pôde, mesmo sendo ignorado pelo público LGBT, que queria apenas ver Adam Lambert. Eu e Fernando conseguimos uma foto, mas Brian nem ao menos olhou para a câmera. A foto de Zava ficou ainda pior. Não sei como ou porquê mas a câmera adicionou alguns efeitos na imagem, como se fossem raios - e mais uma vez Brian May não olhou para a câmera.

FOTASSA!
Mais FOTASSA ainda!

No dia seguinte, retornei cedo ao hotel com Sheila. Felizmente a ameaça surtiu efeito, pois Mário não apareceu para jogar-se novamente em cima de Adam Lambert. Fomos os primeiros a chegar, por volta das 07:00hs. Nossos amigos de corre chegaram na sequência, incluindo Wesley, Marcio e Chapeleta. Civilizadamente organizamos uma fila, avisando a cada um que chegava que havia uma fila. Todos respeitaram.

Algumas horas depois, o baterista Roger Taylor saiu do hotel para atender a galera. Ele estava impressionado que estávamos organizados, inclusive comentou algo conosco sobre isso, já que éramos os primeiros da fila - que, a essa altura, já tinha umas cinqüenta pessoas. Ele atendeu cerca de quinze, depois desistiu e retornou ao hotel. Achei estrelismo desncessário, pois em momento nenhum houve bagunça, gritos, aglomeração, muito pelo contrário. Ao menos consegui minha foto e rabisco.

Roger Taylor foi simpático conosco, mas não teve paciência para atender todos que o aguardavam em fila

O segundo a sair para nos ver foi Adam Lambert. A fila manteve-se e ele atendeu a todos individualmente. Enfim ocorreu o encontro com o qual Wesley sonhou por anos, e sim, é claro que o deixamos falar com Adam antes de nós.

O momento mais aguardado na vida de "Ricky Martin"
Adam Lambert foi o único que atendeu todos os fãs como deveria neste dia

Por fim, quando Brian May saiu para atender, foi impossível manter os fãs na fila. Virou uma zona! Todos foram para cima dele, que não estava nem aí e tirou uma foto coletiva. Claro que eu e Sheila não nos contentamos e acabamos conseguindo fotos individuais - ou quase isso.

Não costumo participar de fotos coletivas, mas era Brian May. Se não conseguisse outra com ele, esta teria que servir
É... quase consegui uma foto individual

O Queen ainda ficou em São Paulo por alguns dias, mas eu já estava satisfeito com o que consegui. Wesley, por motivos óbvios, retornou todos os dias. Zava apareceu no hotel depois que saímos e também conseguiu. Esse corre deixou doidos meus amigos chilenos, pois alegam que em Santiago a banda só entrava e saía do hotel pela garagem e parecia querer evitar os fãs a todo custo. Até mesmo no aeroporto houve esquema especial para que não conseguissem.