O EM&T anunciou que George Lynch, ex guitarrista do Dokken, que tocou na banda de 1980 a 1989 e de 1993 a 1997, faria um workshop no auditório Mix Music Hall, localizado na unidade principal, próximo à estação Conceição. Era uma boa oportunidade para conhece-lo, então por que não?! No dia do evento, fui acompanhado da Sheila e encontramos Kevin no local. Foi legal, mas mais voltado para guitarristas. O que realmente me interessava era a foto e o autógrafo que conseguiria após a apresentação.
A sessão de autógrafos aconteceria alguns minutos após o final do evento, então descemos para uma àrea de espera no térreo. Kevin reconheceu entre os presentes seu amigo Milton, que estava acompanhado pela filha adolescente, e foi falar com ele. Eu já tinha o tinha visto algumas vezes, mas nunca havíamos conversado. Sabia que ele era o produtor responsável pela AWO Concerts e que sempre trazia artistas e bandas de menor porte ao Brasil. Era um cara legal, amigável, que levou uma foto em preto e branco para George autografar.
Quando viu a foto que levei, em um padrão inventado por Kevin, que simplesmente copiei e adotei como meu, Milton disse algo como "que legal, deixa eu ver?!" e isso nos fez iniciar uma conversa. Disse também que era colecionador de autógrafos e que, sempre que podia, tentava conhecer artistas que vinham ao país através de outros produtores, mas que não tinha tempo livre o bastante para fazer isso tanto quanto gostaria. Respondi que poderia pegar alguns autógrafos extras para ele; afinal estava sempre fazendo isso.
Como produtor, Milton jamais encheu o saco quando me viu tentando conhecer as bandas que trazia, então simplesmente não tinha como não ser simpático com ele. Era alguém que eu veria sempre e é muito melhor tê-lo como aliado, jamais como inimigo. Ele aceitou minha proposta, dizendo que em troca eu teria acesso total a qualquer artista que ele trouxesse e também ingressos grátis para os shows.
Não eram todas as bandas que ele queria autógrafo, somente as que era fã. Todas as fotos tinham que seguir um padrão, que consistia em uma imagem preto e branco com o logo da banda ou do artista em questão. Toda vez que eu fosse tentar conhecer os integrantes de alguma banda, era para avisa-lo. Ele providenciaria as imagens que queria, eu montaria no padrão dele e coletaria as assinaturas, simples.
Na ocasião, Milton e eu tiramos uma foto para celebrar o ínicio de nossa parceria |
Após algum tempo, Monica Lima, proprietária da EM&T, desceu e pediu para organizarmos uma fila para que tudo acontecesse civilizadamente, como realmente aconteceu. George tem o autógrafo mais bosta da história: são quatro riscos que parecem "números um". Fiquei até com um certo desgosto por ter gastado meu tempo e dinheiro para montar e revelar uma imagem legal, para ele fazer um autógrafo assim meia boca.