terça-feira, 21 de junho de 2011

Virgil Donati

Dia comum de trabalho, nenhum corre a vista, será?! Eu estava no escritório, trabalhando, quando recebi uma mensagem da Deca, perguntando se eu gostaria de acompanha-la no corre do Virgil Donati, um dos bateristas que fez o teste para entrar no Dream Theater. Em minha opinião, aliás, ele foi o melhor de todos, mas a banda optou por Mangini. Eu nem sabia que ele estava em São Paulo, mas aceitei imediatamente. Foi um workshop no bar "A Lanterna", na Vila Madalena, e começava às 19:30 hs. Eu sairia do trabalho às 20:00 hs, perderia a apresentação mas não perderia a foto, ao menos era isso que eu esperava.

Quando saí do trabalho, encontrei-me com Deca e fomos para a frente do bar. Mesmo ali fora, o som estava animal. Que velocidade, precisão, força e muita, mas muita técnica. Era de se lamentar estar do lado de fora em uma oportunidade como essa. Quando acabou, ele saiu sozinho, sem segurança, sem o acompanhamento de alguém da produção. O abordamos e a foto rolou, fácil. Valeu a pena fazer esse corre inesperado.

Foto de celular mesmo, eu não estava preparado para fazer um corre nesse dia

sábado, 18 de junho de 2011

The Iron Maidens

Quando foi anunciado o show do "The Iron Maidens" em São Paulo, corri para comprar meu ingresso no primeiro dia, por medo de esgotar e não conseguir assisti-lo. O problema é que me baseei por um show delas ocorrido poucos meses antes na Venezuela, que ainda não passava por uma situação tão catastrófica como hoje em dia, então elas foram responsáveis pela venda de 40.000 ingressos. Mesmo quando vivia dias melhores, o país recebia pouquíssimos shows internacionais.

O próprio Iron Maiden chegou a se apresentar por lá, mas somente em 1992 e 2009. Geralmente as bandas concentram-se mais no eixo Brasil-Argentina-Chile. Deste modo, é possível imaginar que a Venezuela vivia uma situação parecida com a de São Paulo nos anos 80, com raríssimos shows, então qualquer banda que aparecesse seria uma grande festa. Eu mesmo, se fosse um fã venezuelano de Iron Maiden, com certeza prestigiaria, é o que tem pra hoje, já que a banda original não visita muito o país.

Também contou o fato de o Brasil ser um país reconhecidamente apaixonado por Iron Maiden. Lógico que eu não esperava um estádio lotado, nem era possível, pois o Estúdio Emme, onde elas tocaram, tinha capacidade para apenas 1.300 pessoas. Justamente por essa baixa capacidade, temi pela lotação esgotada. Se pessoas pagam para ver shows de bandas covers como Children of the Beast, por que não pagariam para ver The Iron Maidens? Era um show internacional, as meninas são competentes, e a banda, aliás, era o único tributo reconhecido pelo Iron Maiden em todo o mundo.

Sobre o corre, elas estavam hospedadas no Hotel Apolo, na rua dos Timbiras. Um lugar horrível para uma banda ficar, só imagina se elas acham que é seguro e saem para dar uma volta de noite... No dia do show, eu, Léo, Kevin, Larissa e Maria Claudia fomos ao hotel. Logo que chegamos, encontramos a guitarrista Courtney Cox utilizando um computador disponibilizado aos hóspedes que precisavam acessar a internet.

Quando ela realizou o log-off no sistema, nos aproximamos e pedimos para tirar fotos com ela. Ela se levantou e simplesmente tirou a calça. Depois, contou que estava no quarto, quando decidiu usar a internet. Como o que tinha que fazer online era rápido, nem se preocupou em tirar o pijama que usava. Isso só não explica a outra calça que estava por baixo. “Mais bonitinha para tirar fotos”. Courtney é conhecida por suas performances sensuais, onde aos poucos se livra de algumas peças de roupa no palco. “Despir-se” sem aviso foi algo totalmente inusitado, mas adoramos! Curiosamente, em nenhuma das fotos, nem na minha, nem dos outros hunters, é possível ver se ela está ou não de calça, então usar uma ou outra não fez diferença alguma.

Em sua melhor forma, a sensual Courtney Cox encantou a todos com um show impecável

Em seguida, desceu a guitarrista de turnê, Satoru Suzuki. A guitarrista Heather Baker saiu em 2010 e a banda ainda não havia recrutado uma substituta, então Satoru foi chamada para tocar nesse turnê. Quando foi anunciada, meses após esse show, a substituta era Nita Strauss, que tornou-se mais conhecida ao integrar a banda de Alice Cooper. 

Satoru Suzuki, guitarrista de turnê do The Iron Maidens

Léo levou um vinil da Phantom Blue, banda feminina ativa entre 1987 e 2001, cuja única baterista foi Linda McDonald, agora no comando das baquetas das The Iron Maidens. Kevin ficou curioso e perguntou o porquê dele ter levado o álbum. Quando Léo explicou, Kevin correu até a Galeria do Rock, próxima ao hotel, apenas para comprar um também.

Léo ficou revoltado. "Nem conhece a banda, por que tem que ir correndo comprar um álbum? Quer aparecer, agora?". Eu não vi nada de mal nisso. O dinheiro era de Kevin, ele fazia o que bem entendesse. Se é fã, se não é, problema dele, desde que não atrapalhasse o corre com suas chatices. Quando Linda, a mais comunicativa, apareceu, ambos entregaram o álbum para ela autografar, para mais resmungos do Léo. Curioso como ele ficou bravo com isso 😂

A ex baterista do Phantom Blue, Linda McDonald

Wanda e Kirsten demoraram muito para descer. Quando apareceram, já de noite, Léo as abordou e pediu para tirar uma foto com elas, que aceitaram. Porém, ao perceber que havia mais fãs, se desculparam, dizendo que não atenderiam, pois estavam atrasadas para ir ao show. Quando a van partiu, partimos também. Na casa de shows, havia no máximo 300 pessoas, mas adorei, pois isso me deu a oportunidade de colar no palco e, por sorte, fiquei exatamente em frente onde Courtney Cox passou a maior parte do tempo.


Quando terminou, toda a banda foi para um canto da casa, onde era comercializado o merchan, composto por CDs, camisetas, adesivos, fotos autografadas e palhetas. Elas não se incomodaram em tirar fotos com os fãs que quisessem. Era uma boa chance, mas estava numa desorganização total, a galera se acotovelava para se aproximar delas, então preferi sair com Kevin e Arthur e tomar um táxi, foto no hotel é sempre melhor que foto na muvuca. Mas foi uma longa espera, a banda demorou algumas horas para retornar.

Nesse intervalo, um táxi parou em frente ao hotel, e uma mulher, muito puta da vida, berrava ao celular, totalmente descontrolada. Não vou mencionar exatamente o que aconteceu, nem citar o nome do produtor, pois é uma história que envolve terceiros e não me compete, mas o fato é que ela veio em nossa direção, sentou-se ao nosso lado e pediu dinheiro para pagar o táxi.

Acabei falando com o produtor - que eu não conhecia, assim como não conhecia a mulher - ao celular, que garantiu que devolveria o dinheiro assim que chegasse ao hotel com a banda. Com o cu na mão, confiei e acertei com o taxista. Ele foi um homem de palavra: quando chegou, não apenas me pagou, como ainda perguntou quem faltava para completar as fotos. Eu respondi e ele pediu para que  Wanda e Kirsten me atendessem.

Wanda Ortiz é a baixista do The Iron Maidens
Kirsten Rosenberg, que adotou o nome Bruce Chickinson, é a vocalista do The Iron Maidens

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Slayer

Meu primeiro corre do Slayer foi também a primeira vez que a banda veio ao Brasil sem Jeff Hanneman, mas ninguém estava muito preocupado, pois todos achavam que ele seria capaz de se recuperar e voltar a tocar e excursionar com a banda.

Consegui a foto com Tom Araya graças a um golpe de sorte. Eu e Léo estávamos dando um enquadro em Breno, que há tempos demonstrava atitudes inadequadas nos corres. Estávamos afastados uns 30 metros da porta do Hilton, onde estavam os demais fãs. Uma van chegou trazendo apenas Tom Araya. Entretidos na discussão, não percebemos, então Deca nos chamou.

Sem saber que ele é mala, já colei do lado dele e posei para a foto - e apenas graças a isso tenho uma com ele. Quando Araya entrou no hotel, Deca disse que quando nos chamou, ele quase implorou "não chama! não chama! não chama!". Como cheguei posando, não teve muito o que fazer. Erro meu, é claro, mas eu não sabia que ele é mala.

Minha única foto com o mala do Tom Araya

Quando o resto da banda chegou, a foto com o sempre gente boa Dave Lombardo rolou sem problemas, e com Kerry King também. Como ninguém abordou Gary Holt, provavelmente achou que ninguém queria fotos com ele, então entrou sem ser incomodado.

Dave Lombardo é sempre um dos mais legais
Kerry King sempre atendeu a todos. Não é muito de conversar, mas faz caras e bocas na hora da foto
É sempre odioso quando alguém usa caneta preta para assinar uma foto escura. Infelizmente, essa foto ficará incompleta